quinta-feira, janeiro 21, 2010

Uma questão de Fé

A fé é um tema associado a Júpiter. Quando Júpiter está ativado a necessidade de crer e ter fé fica mais em evidência. Mesmo aquelas pessoas que se dizem céticas, alegando não aceitar “as verdades que são pregadas na nova era”, tem fé em alguma coisa, não necessariamente em uma religião ou doutrina. O próprio comportamento de querer questionar determinadas verdades do coração e da alma, buscando evidências empíricas para validar pontos de vista mostra que no fundo essas pessoas gostariam de estar erradas e de alguma maneira gostariam de comprovar que essa “força maior” realmente existe.
Michael Faraday estudioso de eletricidade do século XVIII foi chamdo de charlatão ao tentar provar a sua teoria da indução eletromagnética só porque os raios não eram visíveis, e nem por isso a corrente elétrica não existia. Mas as pessoas queriam provas concretas, paupáveis, visíveis, o que naquela época foi difícil demonstrar.
O mesmo acontece com a religiosidade e a fé. Cada um de uma forma especial de lidar com o invisível. Mas ter fé é confiar, acreditar e aceitar a existência de uma coisa maior e mais poderosa que nós, que tudo pode, ela não é algo produzido na mente. É ter uma crença, um ideal, porque ideal a gente não vê, porque não é algo que agente coloque no compartimento do lado material da vida. É algo guardado num espaço etérico entre nosso corpo e nossa alma que ocupa o tamanho que agente permite. Ela nos traz motivação para nos ligarmos a um plano superior e nos aperfeiçoarmos. Mas cada pessoa tem uma forma especial de desenvolvê-la e confiar na vida.
E isso precisa ser feito sozinho. Ninguém pode nos acompanhar nessa jornada, ela deve ser solitária, como uma peregrinação rumo ao seu interno, em busca de seu próprio caminho. Também não pode ser aprendida, ensinada na escola e muito menos é herdada de pai para filho, por melhor que os pais queiram transmiti-la. Cada qual tem sua maneira de encontrá-la, tal qual o amor, a fé precisa ser sentida pela alma que percebe que é preciso confiar, é um poder sobrenatural que “move montanhas”, mas se a montanha não se mover, pelo menos que se tenha força para escalá-la. Pois na hora que vemos os maiores obstáculos que precisamos ultrapassar é quando mais nos agarramos a nossa fé. Porque a maioria das pessoas não busca a fé quando está tudo bem, só busca na hora do aperto, quando a crise bate a sua porta, porque a maioria das pessoas só aprende pelo caminho da dor e não pelo caminho do amor. A fé é uma esperança, uma luz no final do túnel que a pessoa que está sem perspectiva, com medos e dúvidas enxerga. É uma ferramenta de transformação que nos dota de uma compreensão mais ampla da vida. Faz parte da vida termos fé diante de uma dor, um padecimento, um sofrimento, mas não precisa ser assim. Buda foi um dos poucos exemplos de fé através do amor e da caridade, em sua benevolência levava esperança aos outros aumentando a crença na vida.
“Sem a caridade não há fé, pois a fé é apenas um raio de luz que faz brilhar a alma caridosa” (São Vicente de Paula).

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