quinta-feira, janeiro 21, 2010

A Cota Kármica

Júpiter também é a atuação divina do Bom Karma (Karma em sânscrito quer dizer lei de retribuição... o Karma não cria nem designa nada. O homem é quem traça e cria as causas e a lei kármica ajusta os efeitos e este ajustamento não é um ato, mas a harmonia universal. Segundo os Purânas “todo homem recolhe as conseqüências de seus próprios atos” – Glossário teosófico), que volta para a nossa vida em forma de oportunidades e abastanças.
Entendo o Karma como um bumerangue que atiramos e volta para a nossa mão. Simplificando é a lei de causa e efeito. Para quem prefere os ditados populares: “é dando que se recebe” ou “aqui se faz, aqui se paga.”.
Um dos atributos de Júpiter é devolver esse karma bom, recebermos o nosso merecido, como um vendedor que tem direito a sua comissão. Essa é a comissão paga por Júpiter por seus bons atos. Isso acontece no nosso dia a dia a todo instante, nós é que não paramos para perceber. Desde coisas pequenas a eventos maiores.
Uma vez me propus a ensinar algumas informações básicas de astrologia para um pequeno grupo que conheci em um curso de baralho cigano. Meu tempo estava curto, mas mesmo assim, dediquei algumas sextas-feiras para ensinar sem nada cobrar. Poucos dias depois recebi pelo correio alguns livros que minha irmã comprou porque achou que eram a “minha cara”, e foram livros que me ajudaram muito em um trabalho que estava escrevendo na época. O dinheiro que deixei de cobrar pelas aulas, veio na forma dos livros.
Outra vez, fiquei conhecendo um trabalho que uma instituição faz pedindo colaboradores para ler livros gravando em fitas para uma áudio-biblioteca para deficientes visuais. Achei uma excelente idéia e comecei a passar isso a diante para várias pessoas. Procurando na internet o site de uma empresa de minha amiga para enviar essa sugestão para ela (pois não tinha seu e-mail) encontrei uma promoção de uma rádio que estava premiando a melhor sugestão de boa ação para o próximo e aproveitei e envie para essa rádio, logo depois fui notificada que fui a vencedora, ganhando uma quantia em dinheiro que na época ajudou bastante.
Certo dia uma jovem que tinha trabalhado na minha lavanderia veio conversar comigo que precisava fazer uma consulta médica e não estava conseguindo ser atendida em hospital público e não tinha dinheiro para fazer uma consulta particular. Conversei com um ortopedista conhecido que me cobrou o mesmo valor que ele recebe dos planos de saúde e paguei a consulta para a jovem. Uns dias depois, na minha lavanderia conheci um rapaz que estava lavando sua roupa e sem querer acabei falando para ele que meu marido estava com um sério problema na coluna e o plano de saúde não queria cobrir a cirurgia, e claro, abençoada com o bom karma, o rapaz era assistente de um médico especialista no problema do meu marido, que o atendeu no dia seguinte e o operou uma semana depois em um hospital público onde ele fazia plantão.
Tenho muitos exemplos, na verdade quase todos os dias, de como o bom karma volta para minha vida. Mas escolhi dizer apenas alguns que acho que ilustram de forma mais clara que o bem sempre retorna em forma de bem.
Se você quer que esse ano Júpiter lhe proporcione boas coisas, faça o bem!

A fé, a entrega e a verdade

A fé pressupõe um ato de entrega, mas não quer dizer que você vai ficar apático, inerte e passivo esperando as coisas caírem do céu. Ter fé é acreditar que seus esforços não serão em vão, que você está sendo induzido a agir de forma certa na direção certa. É saber que você pode fazer o possível e o impossível, porque ela te dá forças para você superar seus limites e passar por cima dos impedimentos. É a fé que leva o homem a fazer algo extraordinário e dar o melhor dele mesmo. Como disse Einstein “O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário”. Ter fé não é ser crédulo e acreditar de forma ingênua e inocente que como um passe de mágica tudo vai mudar. É trabalhar para isso.
A sua fé em você, nas pessoas, nas circunstâncias e no mundo é que levam você a tomar iniciativas transformadoras. Isso então trás a sensação que você dará a volta por cima, e esse “começar de novo” vem da recuperação da fé, que podia estar mínima, quase morta, mais ainda estava lá. Na bíblia encontramos a parábola que Jesus compara a fé com um grão de mostarda, e porque exatamente um grão de mostarda? Porque é uma das menores sementes que existe. Ela quase não é vista a olho nú e em pouco tempo se transforma em arbusto e com poucos anos já atinge em torno de 3 metros de altura. Isso é a fé, mesmo de forma quase insignificante ela pode criar forças e tornar algo poderoso em nossa vida.
“A fé não é uma crença ociosa, carente de sentido e ignorante. A fé cresce cada vez mais, à medida que exploramos aquilo em que a tenhamos” (Lobsang Rampa – A sabedoria dos Lamas).
Apartir desse ato de entrega e confiança você passa a aceitar no que você crê como suas maiores verdades. E o que é a verdade? É o princípio do certo e do correto, o que se impugnar ao falso, mentiroso e errado e que se origina de um mal espiritual, um mal moral, que são corrupções de princípios que levam a um mal físico.
Santo Agostinho (Tagaste, 354 – Hipona, 430) lidou com muitos temas associados a Júpiter como a fé, sabedoria, conhecimento, religiosidade, busca de verdades, o certo e o errado, o bem e o mal... Segundo sua visão, o mal está relacionado a um erro de conhecimento e falta de percepção, que resulta na ignorância. A compreensão, razão e a fé para ele estão sempre de mãos dadas. Em primeiro lugar ele dizia que era preciso ordenar o conhecimento, pois o mal deriva do conhecimento desorganizado. “Quando a razão está satisfeita, a luz se faz... a fé é a única via de acesso à verdade eterna”, dizia ele.

Por isso, Júpiter é associado a justiça, ele é o Juiz celeste que julga os homens e os deuses em seu tribunal cósmico. Na astrologia tem como um de seus significados essenciais a justiça terrestre e justiça divina.
Os anos regidos por Júpiter são anos que a Justiça está em evidência.

Uma questão de Fé

A fé é um tema associado a Júpiter. Quando Júpiter está ativado a necessidade de crer e ter fé fica mais em evidência. Mesmo aquelas pessoas que se dizem céticas, alegando não aceitar “as verdades que são pregadas na nova era”, tem fé em alguma coisa, não necessariamente em uma religião ou doutrina. O próprio comportamento de querer questionar determinadas verdades do coração e da alma, buscando evidências empíricas para validar pontos de vista mostra que no fundo essas pessoas gostariam de estar erradas e de alguma maneira gostariam de comprovar que essa “força maior” realmente existe.
Michael Faraday estudioso de eletricidade do século XVIII foi chamdo de charlatão ao tentar provar a sua teoria da indução eletromagnética só porque os raios não eram visíveis, e nem por isso a corrente elétrica não existia. Mas as pessoas queriam provas concretas, paupáveis, visíveis, o que naquela época foi difícil demonstrar.
O mesmo acontece com a religiosidade e a fé. Cada um de uma forma especial de lidar com o invisível. Mas ter fé é confiar, acreditar e aceitar a existência de uma coisa maior e mais poderosa que nós, que tudo pode, ela não é algo produzido na mente. É ter uma crença, um ideal, porque ideal a gente não vê, porque não é algo que agente coloque no compartimento do lado material da vida. É algo guardado num espaço etérico entre nosso corpo e nossa alma que ocupa o tamanho que agente permite. Ela nos traz motivação para nos ligarmos a um plano superior e nos aperfeiçoarmos. Mas cada pessoa tem uma forma especial de desenvolvê-la e confiar na vida.
E isso precisa ser feito sozinho. Ninguém pode nos acompanhar nessa jornada, ela deve ser solitária, como uma peregrinação rumo ao seu interno, em busca de seu próprio caminho. Também não pode ser aprendida, ensinada na escola e muito menos é herdada de pai para filho, por melhor que os pais queiram transmiti-la. Cada qual tem sua maneira de encontrá-la, tal qual o amor, a fé precisa ser sentida pela alma que percebe que é preciso confiar, é um poder sobrenatural que “move montanhas”, mas se a montanha não se mover, pelo menos que se tenha força para escalá-la. Pois na hora que vemos os maiores obstáculos que precisamos ultrapassar é quando mais nos agarramos a nossa fé. Porque a maioria das pessoas não busca a fé quando está tudo bem, só busca na hora do aperto, quando a crise bate a sua porta, porque a maioria das pessoas só aprende pelo caminho da dor e não pelo caminho do amor. A fé é uma esperança, uma luz no final do túnel que a pessoa que está sem perspectiva, com medos e dúvidas enxerga. É uma ferramenta de transformação que nos dota de uma compreensão mais ampla da vida. Faz parte da vida termos fé diante de uma dor, um padecimento, um sofrimento, mas não precisa ser assim. Buda foi um dos poucos exemplos de fé através do amor e da caridade, em sua benevolência levava esperança aos outros aumentando a crença na vida.
“Sem a caridade não há fé, pois a fé é apenas um raio de luz que faz brilhar a alma caridosa” (São Vicente de Paula).

Zeus ou Júpiter na astrologia

Júpiter é o maior planeta do sistema solar (sua massa é maior que a de todos os planetas do nosso sistema junto). Não se tem idéia de quando ele foi descoberto, mas em 1610 Galileo Galilei descobriu seus quatro maiores satélites: Ganimedes, Europa, Io e Calisto.
Júpiter astronomicamente falando, é um planeta que emite muito mais radiação do que recebe. Por isso na astrologia ele é considerado o planeta doador, o que jorra benesses contínuas dos céus, e podemos desfrutar dos manjares celestinos. O pai de todos que presenteia com ambrosia (comida dos deuses, apreciada no monte Olimpo) seus filhos para que eles pudessem sentir a extrema felicidade, iguaria que era privilégio dos imortais.
É Júpiter que faz com que recebamos muito mais do que damos.
Por isso simbolicamente em nosso mapa Natal ele representa o ponto que recebemos os presentes celestes, como triunfo e grandeza e com isso temos capacidade de expandir na vida.
Muitas vezes é aí que temos a sensação que tudo andará sozinho, com um empurrão de uma mão mágica ou um sopro divino. A casa onde temos Júpiter em nossa carta Natal traz uma certeza que ali teremos um ganho, então as vezes nos tornamos mais preguiçosos e indolentes, lutando menos, se esforçando menos porque achamos que já ganhamos. E nessa postura mais acomodada deixamos o trem das oportunidades passar direto, achando que a qualquer hora outro irá surgir com melhores oportunidades. Na verdade o maior de todos os deuses quer nos dar sempre o maior dos presentes, mas temos que mostrar o maior dos interesses para pegá-lo, pois nele tudo é superlativo. O Planeta que representa o máximo de abundância, quer na mesma proporção o máximo de dedicação.
Júpiter mostra a nossa capacidade de crescer, de ir além. Como todo mundo tem Júpiter no mapa, todos nasceram com a chance de prosperar, sendo necessário apenas entender como esse crescimento se dará.
Mitologicamente associado à generosidade, é através dele que temos otimismo, é onde esperamos que aconteçam as melhores promessas do céu. Ele é o planeta que incute em nossos dias o poder da fé que remove montanhas. E é a fé que faz você acreditar em coisas melhores, ter pensamento positivo, acreditar no amanhã.

Na era medieval só era possível obter estudos e aprendizados em locais distantes. Quem desejasse receber uma boa educação teria que percorrer léguas de distância. Daí surgiu a analogia de Júpiter com viagens, ligações com estrangeiro, busca de sabedoria, conhecimento, estudos, filosofias, quem conhece profundamente um assunto tem uma visão muito mais ampla, enxerga em uma proporção maior.

Mitologia de Júpiter

Zeus para os gregos ou Júpiter para os Romanos é considerado a divindade Suprema do Olimpo, deus dos deuses, senhor do céu, o deus por excelência, a mais poderosa das divindades gregas, o que ocupa o mais alto grau na hierarquia celeste. Considerado rei de todos os seres, desde os tempos micênicos.

Filho de Cronos (Saturno) e Réia, juntamente com mais cinco irmãos (Hades, Poséidon, Deméter, Hera e Héstia – Zeus ocupou o sexto lugar entre os filhos, assim como é o sexto astro do sistema solar considerado pela astrologia).
Segundo uma profecia, Cronos seria destronado por seu filho e, para impedir a concretização dessa predição Cronos devorava seus filhos logo ao nascer. Réia percebendo que Cronos não pouparia nenhum deles enganou Cronos, entregando-o uma pedra envolta em um pano como se fosse seu filho. Réia Leva o pequeno para ser cuidado por duas Melissas e amamentado pela cabra Maltéia. A ele foi dado o nome Zeus (palavra que deriva do radical “dei”, reluzir, aquele que reluz). Zeus cresceu cercado de muitos zelos: os curetes, pequenos habitantes da região disfarçavam o choro do bebê fazendo muito barulho com suas danças típicas para que Cronos não descobrisse. Ao seu lado também estava Metis, deusa da prudência. Foi ela quem aconselhou Zeus a se cercar de cuidados quando ele decidiu destronar seu pai e resgatar seus irmãos. Seguindo suas instruções, Zeus preparou uma bebida e infiltrado no Olimpo como um serviçal comum deu a poção para Cronos beber. Na mesma hora Cronos colocou tudo que havia engolido para fora. Em primeiro lugar saiu a pedra que lhe foi dada no lugar de Zeus. Essa pedra caiu na terra onde se localiza o templo de Delphos e passou a ser venerada pelos humanos. Logo após saíram seus irmãos, que manifestaram apoio imediatamente a Zeus. Ao seu comando, Hades (Plutão) e Poséidon (Netuno) lutaram contra Cronos para acabar com seu reinado. A guerra estava muito dura, pois Cronos tinha os Titãs como seus aliados. Para vencê-la, Zeus pede ajuda aos Ciclopes (em grego Kýklops), gigantes que comandavam as tempestades Brontes (o trovão), Estéropes (o relâmpago) e Arges (o raio). Os ciclopes tinham sido mantidos como prisioneiros no Tártaro (inferno) por Urano e depois por Cronos.






Em sinal de gratidão à liberdade que Zeus lhes proporcionou, eles ofereceram presentes aos três filhos de Cronos:
Á Zeus ofereceram o raio, o trovão e o relâmpago (por isso, mais tarde Zeus ficou conhecido como deus das tempestades, provedor dos ventos e formador das nuvens. Nos poemas Homéricos é citado como “o que lança o raio”, “o trovejante” e “amortecedor das nuvens”).
Hades recebeu um capacete que o tornava invisível (desde então a morte passou a chegar à vida das pessoas sem ser vista), e a Poséidon um Tridente, que era capaz de abençoar ou amaldiçoar o que tocava (o tridente também tem simbolismo dos três estágios do tempo: passado, presente e futuro).
Hades usando o capacete se tornou invisível e roubou as armas de Cronos. Poséidon imobilizou seu pai com o tridente e Júpiter fulminou suas forças com o raio. Por seu caráter justo e moralmente correto, não matou seu pai, levou-o para viver nos Campos Elíseos, longe da sociedade dos deuses. Por sua grande vitória contra o antigo deus, Zeus também ficou conhecido como deus do êxito e da sorte, o bem-feitor, aquele que traz harmonia nas esferas celestes. Simbolizando o milagre de restituir aos mundos uma nova e melhor realidade.
Zeus então decidiu partilhar os mundos com seus irmãos: Ele ficou com o domínio dos céus (passou a ser acompanhado por duas águias que controlavam o céu e que voavam em direções opostas por toda terra e se encontravam no vale dos Dephos, conhecido popularmente como umbigo do mundo). Netuno recebeu os domínios dos mares e Plutão dos infernos.

Por sua postura, Zeus ficou marcado na história como a personificação da justiça divina, representante da moral e da ética, do conceito do certo e do errado, passando a governar todas as divindades, seres humanos e animais.
Os três deuses passaram a ser conhecidos como a tríade divina.
Mais tarde, Zeus foi presenteado com um escudo mágico chamado Égide ou Aegis, feito por Hefesto (o ferreiro dos deuses), que tinha no centro do escudo a cabeça da medusa, que transformava em pedra quem olhasse para o escudo.
Dizem que a batalha se deu em uma quinta-feira, e esse dia passou a ser consagrado a Zeus.

Outros nomes dado a Zeus: “Zeus-Zen”; “Zeus AEther” – o pai onipotente; Júpiter Aerios; Júpiter Ammon do Egito; Júpiter Bel-Moloch – o Caldeu; Júpiter-Mundus (Deus do Mundo ou Júpiter Dodoneu); Júpiter-Fulgur (Júpiter o Fulgurante) – Informações do Glossário Teosófico de Helena P. Blavatsky.